domingo, 5 de outubro de 2008

Oito ou oitenta

Chegou exatamente as 4:53 da manhã sem sono ou cansaço.Noite paulistana com chuva e ela odeia dormir com tal barulho, ou som da natureza, como queira.
Reclinou a cabeça na cama e ouviu uma música que fez sentir-se livre.Sabe que não tem compromissos e tem a sensação de alívio por possuir a vida inteira pela frente com o mundo ao seu alcance.Sabe que irá sentir-se idiota e confiante, um lixo ou a mais preciosa das pedras, terá decepções mil e realizações extremamente gratificantes.Por isso sente-se bem, sabe que algo está perto, não sabe o que é...Não sabe se será bom ou ruim, sabe apenas que será intenso e não será uma única vez.
Em cada milésimo de segundo acontecem mudanças na sua mente sobre a concepção de vida e sobre o (bizarro não obstante curioso) comportamento do ser humano.
Acha que está amadurecendo mas não viveu 1/4 do que foi previsto pelas taxas de expectativa de vida brasileira.
Sabe que a maioria de seus sentimentos que variam da extrema angústia a euforia intensa não são nada mais nada menos do que reflexo da adolescência, o choque com o real.Aí que acontece a 'fuga' para o mundo lúdico da música, dos desenhos, dos bonecos, da leitura...
Volta.
Sente na alma a hipocrisia que reina na humanidade por excelência.Sente raiva disso, se emputece por isso e briga.
Sente-se impotente e logo em seguida com o dever cumprido por ter feito sua parte num mar de cínicos egóistas que tiveram seus cérebros moldados pela mídia e suas vontades regradamente satisfeitas pelo dinheiro.
Aliás, eles não sabem o esforço que é para consegui-lo.
Questiona por que o ser humano é tão complexo e manda um foda-se.
Mentira.Não fez isso.Apenas parou de se questionar e deixou de cobrar as mudanças no outro para então fazer suas próprias.A música sempre presente está chegando ao seu final.Ela tem vergonha de postar esse texto, é só uma adolescentezinha.
Tem então o dilema de escrever o que sente e se expor de mais num site qualquer, ficar nua de sentimentos a vista de alguns internautas, como se fossem se importar.Mas mesmo assim ela é cuidadosa e nunca fica totalmente.
Está com uma puta fome e daria sua última palheta por um pedaço de bolo de chocolate.Independete de tudo leva um sorriso no rosto porque percebeu que está crescendo, ama seus amigos, compreende sua família e odeia levantar cedo, principalmente de segundas-feiras.Ela está indo em direção ao infinito.

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