quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

várias coisas

Faço várias coisas, sempre fiz.E sei muito bem quando terminá-las, só que ninguém acha que eu sei.
Não me perguntaram o que eu pretendia e eu também não disse.
Na hora H fui surpreendida e me senti um insignificante passarinho na gaiola, preso.Eu adoro surpresas, mas não imposições.Ainda mais quando não as espero.Isso me mata.

Fui vista como incapaz de saber o que quer, ter consciência de minha realidade e incapaz de tomar decisões relativas a ela.Talvez, eu tenha errado de não ter falado...Mas, por que?Se no fim as decisões eram as mesmas?

No fim o que me resta ao escrever esse post cuspido é cansaço e desânimo.

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holofotes - joão bosco

desde o fim da nossa história
eu já segui navios
aviões e holofotes
pela noite afora

me fissurarm tantos signos
e selvas, portos, places,
línguas, sexos, olhos
de amazonas que inventei

dias sem carinho
só que não me desespero;
rango alumínio, ar, pedra, carvão e ferro

eu lhe ofereço
essas coisas que enumero
quando fantasio
é quando sou mais sincero

eis a Babilônia, amor,
e eis Babel aqui;
algo da insônia
do seu sonho antigo em mim

eis aqui
o meu presente
de navios
e aviões

holofotes

noites afora
de fissuras
e invenções

tudo isso
é pra queimar-se
combustível
pra se gastar

o carvão
o desespero
o alumínio
e o coração

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